Muito além da tal eficiência operacional
Muito se tem debatido sobre eficiência operacional, principalmente se ela é apenas um posicionamento ou uma estratégia da empresa para se destacar no mercado. Michael Porter, professor da Harvard Business School e uma das principais referências no assunto, deixa claro em seus textos que eficiência operacional não é estratégia.
Na verdade ela é necessária, mas não suficiente para se destacar. Outros autores têm usado o termo excelência operacional para distinguir entre a obrigação da empresa em ser eficiente e um posicionamento de mercado que combinam qualidade, funcionalidade e preço.
Mas, mais importante que as discussões e as teorias é a prática… O que você e sua empresa estão fazendo para serem eficientes e irem além, buscando a excelência?
O uso da tecnologia de informação tem sido um importante aliado para a melhoria da eficiência e, em alguns casos, do atingimento da excelência operacional. Entre os benefícios, ela pode auxiliar as empresas reduzindo custos, tornando processos mais ágeis, facilitando a colaboração entre os times e o acesso às informações para a tomada de decisões. Mas, há casos em que a tecnologia é o negócio.
Podemos usar como exemplo o setor varejista. No passado, uma empresa que se destacava nesse ramo era a que sabia comprar bem, com o próximo passo sendo girar o estoque rapidamente. O que era simples se complicou quando se juntaram as dificuldades de logística e distribuição em diversas unidades de vendas.
Hoje, além das lojas físicas, existem as virtuais, que auxiliam no atingimento de um número cada vez maior de clientes, com perfis cada vez mais diversificado. Um público que é uma caixinha de surpresas: é preciso estar preparado para surpresas como, por exemplo, o site sair do ar quando se fizer uma grande promoção.
Assim, se faz cada vez mais importante conhecer profundamente o cliente. Importante também saber o que este cliente pensa da empresa. O que ele anda falando nas redes sociais. E lá vem um novo conceito, o social listening…..
É preciso gerenciar todas estas informações vindas de múltiplos pontos de coletas, isso significa usar ferramentas de inteligência de negócios. Com elas é possível conhecer o cliente em todos os canais, onde ele se relaciona com a sua empresa: loja física, online, televendas, sites de terceiros, mídias sociais. Ao cruzar todas essas informações é possível saber o que ele busca e prever suas necessidades, fazendo ofertas dirigidas. Mas não adianta conhecer o cliente apenas nos canais digitais e quando ele entra numa loja física ele passa a ser um ilustre desconhecido. Isso irrita o cliente!
Como vencer estes desafios e ainda coordenar custos e flexibilidade operacional em busca da eficiência e da excelência? Como ter um ambiente preparado e disponível sem a necessidade de altos investimentos?
Hoje, soluções em nuvem podem ajudar a responder essas e outras questões. Por exemplo, quem quer atuar com e-commerce não necessita investir em muitos datacenters físicos. Ao contratar um serviço na nuvem, a empresa paga apenas pelo consumo, sendo possível prever picos de demanda – o que contribui muito com a eficiência operacional.
Deu para perceber que a eficiência e a tecnologia estão em tudo. Não importa o segmento da empresa é preciso integrar as informações e usá-las em favor do negócio. Só assim, elas terão valor.
Por isso, a cada dia que passa torna-se cada vez mais importante a escolha do seu parceiro de tecnologia. Este parceiro não pode ser um simples vendedor de software mas ele tem que auxiliar a empresa a pensar estrategicamente a sua área de tecnologia, para que esta auxilie e alavanque os negócios.
Fonte: Decision Report, por Roger Melo – Diretor Softline, em 15/04/2015 – http://www.decisionreport.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=19025&sid=15